A Doença de Alzheimer.

O que é a demência?
Demência é o termo usado para descrever desordens que afetam primariamente a memória e o comportamento de uma pessoa. A doença de Alzheimer é responsável por 50-60% dos casos de demência. Outros tipos de demência incluem a demência vascular, a demência por Corpúsculos de Lewy e a demência fronto-temporal. Apesar de principalmente afetar pessoas idosas, há um eminente crescimento entre as pessoas de menos de 65 anos. Sintomas:
• Perda de memória;
• Dificuldade em desempenhar tarefas rotineiras;
• Problemas com linguagem;
• Desorientação no tempo e no espaço;
• Empobrecimento ou diminuição do julgamento crítico;
• Problemas em manter o controle do pensamento e de ações;
• Perder objetos e coisas;
• Mudanças no humor e no comportamento;
• Mudanças na personalidade;
• Perda da iniciativa.

A demência é rodeada de mitos e estigmas e em muitas partes do mundo ainda é considerada como parte normal do envelhecimento.
Muitas pessoas acreditam que se tiver uma demência nada mais poderá ser feito. Isto não é verdade. Embora no momento não haja cura para a maioria das demências, há uma riqueza de informações, apoio, aconselhamento e suporte disponibilizados pelas Associações de Alzheimer em todo o Brasil, através das regionais da ABRAZ.
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Quem foi Alois Alzheimer?

Alois Alzheimer nasceu em 1864 em Markbreit na Bavária, ao sul da Alemanha. Excelente aluno de ciências, estudou Medicina em Berlin, Aschaffenburg Tubingen e Wurzburg onde se graduou em medicina em 1887. Começou a trabalhar num asilo do governo em Frankfurt am Main, vindo a se interessar em pesquisa do córtex do cérebro humano. Começou então seus estudos em psiquiatria e neuropatologia.
junto com Franz Nissl, um colega do asilo, Alzheimer passou os anos seguintes trabalhando num estudo de 6 volumes "Estudos em Histologia e Histopatologia do Córtex Cerebral", descrevendo a patologia do sistema nervoso. O trabalho foi finalmente publicado entre 1907 e 1918. em 1895 Dr. Alzheimer foi nomeado diretor do asilo, onde ele continuou sua pesquisa em indivíduos com esquizofrenia e psicose maníaco depressiva.
Na busca de um posto onde pudesse combinar pesquisa e prática clínica, Alzheimer tornou-se assistente de pesquisa de emil Kraepelin na Escola de Medicina de Munich, em 1902. Lá Dr. Alzheimer criou um novo laboratório para pesquisa do cérebro. Publicou diversos artigos sobre condições e doenças do cérebro e em 1906, Dr. Alzheimer identificou uma doença incomum do córtex cerebral" que afetava uma mulher de 50 anos, Auguste D., causando perda de memória, desorientação aluncinações e sua morte aos 55 anos. O exame post-mortem mostrou várias anormalidades no cérebro. O córtex cerebral era mais fino que o normal e a placa senil, antes só encontrada em pessoas idosas, foi encontrada no cérebro junto com emaranhados neurofibrilares. Alzheimer tinha acesso a um novo método de análise microscópica e conseguiu identificar esses emaranhados que nunca tinham sido descritos anteriormente. Kraepelin nomeou essa doença como doença de Alzheimer.
Dr. Alois Alzheimer casou com a viúva de um banqueiro, Cecília Geisenheimer, em 1894, uma união que o tornou financeiramente independente. Infelizmente, Cecília morreu em 1901 depois de sete anos de casamento. Uma das filhas de Alzheimer, Gertrude, casou com o médico Georg Stertz, que assumiu a cadeira de psiquiatria de Munich em 1946. Em 1913, a caminho de Bresslau, para assumir o posto de chefe do departamento de Psicologia na Universidade Friedrich-Wilhelm, Dr. Alzheimer pegou um severo resfriado, complicado por uma endocardite, da qual nunca se recuperou totalmente. Morreu em 1915, com a idade de 51 anos e foi enterrado junto à sua esposa em Frankfurt am Main.
Hoje o diagnóstico patológico da Doença de Alzheimer ainda está baseado, de maneira geral, nos mesmos métodos investigativos de 1906. Isto é notável, comparado com o desenvolvimento de métodos investigativos d eoutras doenças e representa volumes sobre a qualidade da descoberta de Alzheimer.

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Sinais que precisamos conhecer
1. Perda de memória que afeta as relações pessoais - quando o esquecimento ocorre com mais frequência, sem que seja possível lembrar-se, por exemplo, de nomes, telefones, compromissos, etc;
2. Dificuldades para executar tarefas domésticas - quando atividades simples e rotineiras, como acender e apagar o fogo do fogão, são esqueceidas, podendo oferecer riscos;
3. Problemas com vocabulário - quando ocorre esquecimento de palavras comuns, podendo acontecer até a substituição por outras totalmente inadequadas;
4. Desorientação no tempo e no espaço - quando ocorre dificuldade para localizar-se dentro da própria casa, um determinado cômodo ou, ainda para localizar a própria casa na rua onde vive;
5. Incapacidade para julgar situações - quando existe diminuição ou perda do senso crítico, levando a pessoa a ter comportamentos não usuais ou estranhos frente a outras pessoas;
6. Problemas com raciocínio abstrato - quando existe, por exemplo, dificuldade para entender e controlar o próprio dinheiro, talão de cheques ou cartão bancário;
7. Colocar objetos em lugares errados - quando, por exemplo, a pessoa guarda o relógio no açucareiro ou um ferro elétrico na geladeira;
8. Mudanças de humor ou comportamento - quando se observem comportamentos de calma seguidos de choro ou sinais de raiva, sem nenhuma razão aparente;
9. Mudanças na personalidade - quando, por exemplo, a pessoa demonstra medo, complexo de perseguição; desconfiança e/ou confusão;
10. Perda de iniciativa - quando a pessoa torna-se muito passiva, necessitando de estímulos para voltar a se envolver em alguma atividade.

Se você conhece alguém que apresenta algum destes sinais, saiba que tal condição não faz parte do processo normal de envelhecimento - essa pessoa apresenta um possível sintoma de demência, sendo a doença de Alzheimer (DA) a mais comum das demências. É importante encaminhar essa pessoa a um médico ou serviço de saúde para avaliação, diagnóstico e respectivo tratamento.
A demência do tipo Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível, para a qual não existe ainda prevenção e poucas são as alternativas de tratamento farmacológico. Quanto amis cedo for iniciado um tratamento e acompanhamento médico, amis pode ser feito pela pessoa portadora da doença, já que hoje é possível reduzir significativamente a progressão da doença na maioria dos casos.
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